segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Todavia.

Tinha tudo planejado, tudo escrito e bem amado.
Mas sabes que o tempo não me ajudou, que o amor não tolerou. Promessas mal prometidas, casos e acasos jogados aos descasos.
E aquela tão sonhada noite, aquela na qual passamos dias, noites, horas, minutos, planejando, sorrindo e desenhando imagens tolas na nossa ingenua imaginação. Doce ingenua...a unica que alimentava o sufoco, que tampava a vontade, que amamentava a saudade, saudade de tempos alegres vividos, momentâneos despreocupados nos jardins lá de casa. 

Ingenua sou eu, que quis me por na frente de tudo, e no final acabei por trás de um nada, transformei-me em um nada. Mas apos de tudo, eu sou feliz. O que não dizia, quando ao teu lado vivia, a maldade cegava-me, a dó me fazia suportar coisas que jamais deviam ser suportadas. E ainda diziamos ser amor.
E com tudo dentro desta mala, deixo um saco de lembranças, de notas mal tocadas, de músicas que não querem ser lembradas. Nem por mim, nem por você, que mal delas sabia. Eram praticamente meu refúgio, minhas tão queridas músicas tocadas sigilosamente em sua ópera de emoções. Entretando, obrigada.
Janie.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Segunda parte do Desejo.

Do impossível o possível, a porta abriu-se.
Pensamentos vindo dos olhos da sutil realidade, transbordam sorrisos, sorrisos amanhecidos na simples canção tocada com  os lábios da cigana mágica sobrevivente do submundo imaginário.
Tão doce como a vontade do mais, é de se lamber a boca...de chupa-la e mordisca-la. 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Lascívia. Luxúria. Liberdade.



Leve-me para onde quiser ou deixe se levar por mim.
Se me permitir, contigo farei loucuras.
Não tenho signo, não tenho idade, não sou de ninguém.
Sou terra, água, ar e fogo.
Posso lhe fazer voar, cair, sonhar ou queimar.
Posso ser sua hoje, posso nem lhe conhecer amanhã.
Posso lhe lamber a boca noite dessas, posso lhe negar sorriso dia desses.
Não confie em mim. Não duvide de mim. Não se apaixone por mim.
Posso lhe querer uma noite, várias noites.
Posso não lhe amar nunca.
Sou amante: não peço nada, não espero nada.
Não me peça nada. Espere tudo de mim.

Por Ana Luiza Alves do http://muitosedizempouco.blogspot.com/ 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Desejo

Como doce ilusão venenosa seus lábios lentamente se curvam sob os meus, seu corpo aquece a mente como conseqüência vem o prazer.
Doce mal proibido, do sabor mal distinguido.
Olhe bem para os meus olhos, é realmente necessário traduzi-los ?
E meus lábios mordiscados, transmitem ideia de satisfação?
Observe detalhadamente, Garota.
Não, não pare...no momento em que minha mão pela parede arrastou, soube que não seria suficiente. Então, meus olhos que calam minha boca estão economizando palavras inúteis dando espaço para cautelosos movimentos.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Garganta

Grito sai das minhas entranhas como uma espécie de monstro faminto.A dor é tanta que minhas cordas vocais acabam cedendo ao que não se pode.Mais um drink.Perdendo a consciência aos poucos,rezando para a sorte me proteger.Parece que é pouco...mas querida,eu disfarço muito bem.
A frieza é tudo o que eu posso fazer,tudo o que eu posso demonstrar.
Minha Garganta arranha e solta palavras que eu não gostaria de dizer.

Meu limite...é o meu limite.Tem horas que já não sou mais consciente,tudo o que vem,vem do coração.Culpe-me,eu não dou a minima.Esqueça-me,eu não dou a minima.Nada farei.

Agora não cabe mais a mim se importar contigo,por que você,você não se importa com nada que venha de mim...e não adianta,não adianta dizer essas palavras vazias.

Do fundo do poço,do fundo do meu corpo,do fundo da minha alma...do fundo e simplesmente do fundo de tudo o que vem de mim eu espero que você vá,e não volte.Mesmo que eu implore para que não.


Por @UrsaHaru do http://manifesto-literario.blogspot.com/

Carência desconsolada.


                      Noite que se vá com a nostalgia das amantes que guardam em teus peitos a dor flutuante.
     Nas beiras de suas camas apenas rastros do prazer que se passou pelo quarto na fria noite fora da janela, da quente noite entre os lençóis flamejantes de amor.


Suas mentes vazias pairavam sob o tempo, o mundo derrepente parecia sumir desaparecer, dando chances ao desabrochar de lembranças proibidas.  
   Encontravam-se tão perto porem tão longe de seus refúgios, desesperavam-se pela incontrolável vontade de amar. 
    Lentamente movimentos tornam-se gírias secretas calculadas ao serem ditas, ao serem manuseadas. Objetos de prazer enlouquecidamente apaixonados, utilizados com seus tão esperados carinhos momentâneos únicos valorizados como ouro puro, raro como a fúria desta paixão.
           Há de quem abrir uma lasca da boca, para estragar o sorriso sonhador de uma amante flutuante.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Grito desesperador das frestas geometrizadas.

Eu preciso sair daqui !
Essa pressão louca que me consome, que me invade, que não me larga ! Enlouquecendo-me estou, semelhante a beira de um abismo. Eu quero, eu juro que quero deixar tudo para trás, pegar minha mochila e sair por ai. Ai meu amor, como quero !
Essa caixa, esse cubo, isso.
Não sou boneca, não sou brinquedo. Por favor ouça-me estou tão perto, praticamente do lado. Por favor...minha voz baixa esta clamando por apenas um olhar por esta pequena fresta que se estreita entre nós, somente isso e nada mais.
O tempo, maldito tempo que acumula meu desespero, parece me chicotear e jogar em minha úmida face, transbordada de medo.
Minhas palavras são inúteis diante de tudo, e o que era para ser sonho acabou virando pesadelo.
E as notas famintas que levemente tentam chegar até meu eu, já não conseguem pular seu obstáculos.
Por favor.