quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Amor de Inverno.


       Tudo começou no verão, caloroso e doloroso.
       Até então, eu, estava só. Sentia-me só, mesmo com tantas pessoas ao redor.
       Com tantas coisas para me interessar, e eu nem ao menos me importei com nenhuma delas. Obvio, tive minhas distrações, assim como todo ser humano há de ter.
        Não fui feliz, em momento algum com as mesmas. Parece que estava anestesiada por um sentimento ilusório que me prendia a tudo que aparentemente me fazia bem, todavia eu, eu mesma, no fundo... Bem no fundo, sabia que estava mais podre do que quaisquer maças caídas sobre qualquer jardim.
        Na realidade, era assim, exatamente assim... Para tudo, um qualquer, qualquer coisa, talvez, tanto faz.          E a máscara, que iluminava meu rosto, tampava minhas angustias e raivas, brilhava com um grande e enorme sorriso. Cheguei até a escutar ‘’ nossa, você sempre está feliz ‘’.
        Pobres indivíduos, mal sabem eles que podem estar na mesmice cotidiana.
        Pobres esses, que nem a propia espécie há de conhecer.
        Malditos egoístas, que morram afogados em todo esse sentimento.
        Mas o fato de assim pensar não me trouxe alegria...
Inesperada, porem gostosa. Aquela sensação... E então o inverno chegou.
Tive longos meses, passaram mais rápido do que um mero desejo.
O inverno chegou, e em meio a todo vento e frieza interior.
        E em uma manhã cinzenta, por dentro era uma manhã de sol. Esse que reinava os céus, fazia com que ventos fossem brisas frescas. Entendi, que eram novos sentimentos.
Desconhecidos, e aquecidos. Tão aquecidos como o calor dos teus braços, gostosos como é, quando degusto teus lábios. Seguros, quando sinto você.
Minha eterna distração.
A qual, fez da mesmice algo bom de viver. Só por ter você.
Por cheirar você.
E foi assim, que começou meu amor de inverno. 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Carta, para um único amor.




           As coisas estão passando como círculos giratórios confusos em minha mente, em meu coração há uma confusão de veículos que se debatem de frente para saber quem fará o maior estrago. Minha postura é torta, minha cabeça baixa, meus olhos vermelhos e uma vez ou outra lacrimejando, e eu os deixo coordenarem-se mesmo sem saber os motivos pelos quais se entristeceram. Minhas mãos tremem desesperadas, acho que necessitam e estão procurando um jeito de entender, ou um jeito de fazer parar de doer. São elas, as responsáveis pelas drogas que me farão sumir deste mundo, para quem saiba assim poder ir para o meu, onde terá você, só pra mim. Meu estômago contem borboletas... Mas não as que todos se fascinam, até porque dessas nunca despertei quaisquer interesse, mantinha até certo nojo. Todavia as que possuíam-me não eram bonitas, muito menos graciosas, provocavam dor, agonia, medo, tristeza e a existência do desistir. Eu, que nunca cogitei desistir nem me entregar ás vozes que tanto me perseguem, surpreendo-me com tamanha fraqueza interior, mas sinto-me forte por ter coragem para deixar de seguir em frente e ir para cima. Achei que... fosse ser diferente, que não fosse doer, afinal era o meu único desejo, achei que fosse ser notável mas esse pensamento faz parte de alguém que ficou lá atrás, eu mudei. Muitas vezes, e nunca consegui de exato me entender, sempre ouvia de inúmeras pessoas que sou complicada, mas o que as pessoas não enxergam é que a principio a única coisa que eu queria eram coisas simples, era uma mão para segurar, um apoio para não cair. Cai muitas vezes, e não foram em todas que me levantei, acho que por essas e outras me sinto longe da superfície, os cortes foram fundos sejam eles no sentido literal ou não, alguns foram esquecidos, porem outras fizeram questão de permanecer com ar de ‘’ nem pense em seguir em frente, o seu passado te segura muito mais do que sua vontade de ter um futuro ‘’, e assim não pude, tentei muito, até me dei por vitoriosa, mas logo via que era ilusão. Queria dizer para você, que consigo suportar, mas não consigo. É uma dor enorme, insuportável e já não mais o que fazer além de cessar com tudo. Não quero sentir mais nada, nem bons sentimentos, só o amor que sinto por você, esse que jamais será esquecido, e farei questão de a todos mostrar, a gritar mesmo sem voz, festejar mesmo sem força, a todos aqueles que me acompanharão nesta nova e estranha vida. E aos que ficam, eles vão sentir, vão olhar para você e perceber em seu olhar todo amor que depositei em você esse que não chegava a ser um quarto.
Agora está tudo bem, amo você, mas... Eu acho que vou morrer.

Ass. Pseudo defunta autora.  

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Don't forget this.

         Imagine, que estamos em um danceteria, em que tudo é vermelho.
O piso, o teto, a parede, até mesmo a iluminação. 
Exceto, a lateral de tudo, que é amarela. 
Ela é a linha tênue, de você. 
Minha vida. 
Como se fosse uma zona proibida. 
Neste momento estamos no meio da pista, esta tocando a nossa música...
Você me abraça por trás, beija meu pescoço e sussura em meu ouvido '' amo-te ''. 
Lágrimas caem de meu rosto, logo patinadoras dançam em nossa volta...
Sorrindo, fazendo meu peito encher-se de alegria. 
Eu lhe pedi, para dançar tua vida comigo. Dançar como se não houvesse fim...
E se houvesse um fim, seria para ter um novo começo. Rápido. 
Por favor, não pise na lateral, não saia pela porta dos fundos. 
Mantenha-se sempre a frente da porta principal, e beije-me. 
Beije-me, e não perca-me. 
Pois sem ti, perco-me de tudo que há de mais... Apenas feche os olhos, confie em mim.
Eu sou sua. 

5 Dias.

 Ainda me é o primeiro...
Meus sentidos pedem para ser o último quem que fico nesse estado.
Não faz exatamente 5 dias mas o aperto em meu peito sofre por 20 dias.
Poderia eu encher um lago, e nele guardar todas lembranças que de ti ficou em mim.
Estou lutando para não joga-las fora.
São o que me deixam consciente de que tu, não fostes somente fruto de minha insignificante imaginação.
Esta que em momentos de minha fraqueza, me acalmou em tantos momentos de abstinência.
E me parece, que quanto mais sobre isto tento pensar e resolver,
mais me descontrolo de vontade de lhe ver.
De lhe tocar, de sentir teu toque em meu rosto, junto ao meu leito.
Dói tudo, no fundo. Como eu ja havia cogitado...
Mas eu não sei explicar.
Talvez eu só não queira entender.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Quente.

Dói no fundo, bem no fundo.
Do baú, do deserto do Saara.
Da batida do carro, aleatório.
Dói, bem no fundo.
 No meu fundo.
 Naquele fundo...que você esta.
O mesmo que se esconde, nega e se tranca.
Só pra de dentro dele, você, você mesma.
Não sair, não imaginar na possibilidade da haver uma porta.
Uma boca, outro fundo.
Dói no fundo, que está tão fundo.
Tanto que não caibo dentro mais.
Cabe só o meu amor. Sem direito a vida, porque o mesmo já é está.
Sem adicionais. Sem pensamentos.
 Só o medo.
É tão grande que dói, aqui dentro lá no fundo. Bem no fundo.
Tão fundo, que não se deixa transparecer.
O que não muda o fato, do meu querer por você, estar sempre no aumentar.
E o amar.  Só a me fazer suspirar, na espera de tornar suspiros teus em eu te amo.
Assim como, cada toque de meu lábio ao teu, deixa escapar o quanto sou louca por ti. 
Minha menina.

domingo, 4 de março de 2012

Since.

Eu me odeio por permitir
permitir pensar que podes deslembrar-me
Odeio-me por permitir
que posso chegar a não ter-te totalmente para mim

És minha
estrela, nova estrela guia.
És tão linda
linda, meu paraíso.

Quero sentir cada sentimetro do teu corpo
lentamentem.
Como em 1901 aconteceu.
Não faz tempo eu sei
Mas malditas borboletas no estômago fazem-me querer-te
Mais, a cada segundo.

O que fizeste comigo?
Porque demorastes tanto?
Não me responda, só me beije.
Eternamente, por quero fazer desta dança
Uma música sem notas.

Desta valsa, melancolia sem pudor
Sem lágrimas, nem rancor.
Beije-me como se fosse o último...
Pois a cada segundo, é o primeiro.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Luta.

Gritos de guerra
Em sua calma voz.
Lágrimas de pavor
Em teu ressequido rosto.
Só eu, consigo mirar
Apenas meu eu, consegue atirar
Na falta do alvo.
Do bem que nunca existiu
Do mal, que sempre persegue. 
Ter repulsa.
Não existe nada neste momento, em que preencha
A minha vontade de o corpo rastejar pelo teu campo
De presenciar teus lábios em meu pescoço nu, guerreiro
De suspirar amor, em um ato de paixão. 
Chamar-te de minha, possuir-te com tamanho desejo que
Jamais poderia chegar a ser descrito a não ser com certas carícias e beijos, sussurrando que voltes
desta guerra, vença todas possíveis batalhas, para um simples derramar de lágrimas ao dizer.
Eu te amo.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Despedida.

Você,
Tens por obrigação
Saber que em ti
Estou sempre a pensar.

Que de ti, estou
sempre a despejar lágrimas.
Lamentar do momento não vivido
Do carinho mal distribuído
Dos abraços que faltam
E dos beijos que falam.

Das carícias já feitas
Dos sorrisos entre linhas
Lábios.
Do amor não vivido.

Daquele tempo corrido e veloz
Que jamais voltará
E, é por isso que todavia repito a vós
Sozinha, pois.
Que de saudade continuo a deplorar
De todo esse mal temerário
Que nunca lhe fiz se calar.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Obscuridade

Esse é o meu leito.
De dor, de amor, meu ninho do prazer, o mesmo que captura meu sentimentos, que guarda meus pensamentos.
Mas esta tudo tão abafado, tão sufocante, desesperador, enlouquecedor, e dói. Muito.
Minhas feridas que nunca serão fechadas, as mesmas em que procuro em ouvir a lembrança e cutucar.
Tudo seria menos alucinador, você seria minha droga.
Injetar-te iria em minhas veias para esquecer todo passado em vão, toda dor a cada tecla batida. Inúmeras vezes, em sequencia desconhecidas por quaisquer extraterrestres.
De volta estão estas notas, jorrando felicidade, momentânea, porem pura.
A mesma que perto da falta, jamais senti abstinência.
Por favor, afaste, esta no lugar errado. Não levará a nada.
Risos. Ouça as notas, feche os olhos. Adeus.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Death

É como se eu estivesse sentido tua presença aqui.
Neste lugar escuro
Sem mesmo saber quem é você
Sem mesmo saber se um dia existiu
Juro que senti tua mão em mim movimentar-se rapidamente, descompassadamente, enlouquecendo-me.
Eu juro que vi, se não vi estou ficando louca. Estou com medo.
Louca eu diria que estou ficando por você
Me diz, porque de tantas noites sem vir me ver? Dissestes que adorava me ver adormecer.
Só não me lembro quando, como e se o local existia.
É uma agonia profunda, uma solidão eterna.
A pele toda a arrepiar, eu sei que voce esta aqui, e que fala por mim atraves da minha mente. Eu sei que sim.
É uma agonia profunda, uma solidão eterna.
Só vou fechar meus olhos. Acho que é amor.