As coisas estão
passando como círculos giratórios confusos em minha mente, em meu coração há
uma confusão de veículos que se debatem de frente para saber quem fará o maior
estrago. Minha postura é torta, minha cabeça baixa, meus olhos vermelhos e uma
vez ou outra lacrimejando, e eu os deixo coordenarem-se mesmo sem saber os
motivos pelos quais se entristeceram. Minhas mãos tremem desesperadas, acho que
necessitam e estão procurando um jeito de entender, ou um jeito de fazer parar
de doer. São elas, as responsáveis pelas drogas que me farão sumir deste mundo,
para quem saiba assim poder ir para o meu, onde terá você, só pra mim. Meu
estômago contem borboletas... Mas não as que todos se fascinam, até porque
dessas nunca despertei quaisquer interesse, mantinha até certo nojo. Todavia as
que possuíam-me não eram bonitas, muito menos graciosas, provocavam dor,
agonia, medo, tristeza e a existência do desistir. Eu, que nunca cogitei
desistir nem me entregar ás vozes que tanto me perseguem, surpreendo-me com
tamanha fraqueza interior, mas sinto-me forte por ter coragem para deixar de
seguir em frente e ir para cima. Achei que... fosse ser diferente, que não
fosse doer, afinal era o meu único desejo, achei que fosse ser notável mas esse
pensamento faz parte de alguém que ficou lá atrás, eu mudei. Muitas vezes, e
nunca consegui de exato me entender, sempre ouvia de inúmeras pessoas que sou
complicada, mas o que as pessoas não enxergam é que a principio a única coisa
que eu queria eram coisas simples, era uma mão para segurar, um apoio para não
cair. Cai muitas vezes, e não foram em todas que me levantei, acho que por
essas e outras me sinto longe da superfície, os cortes foram fundos sejam eles
no sentido literal ou não, alguns foram esquecidos, porem outras fizeram
questão de permanecer com ar de ‘’ nem pense em seguir em frente, o seu passado
te segura muito mais do que sua vontade de ter um futuro ‘’, e assim não pude,
tentei muito, até me dei por vitoriosa, mas logo via que era ilusão. Queria
dizer para você, que consigo suportar, mas não consigo. É uma dor enorme,
insuportável e já não mais o que fazer além de cessar com tudo. Não quero
sentir mais nada, nem bons sentimentos, só o amor que sinto por você, esse que
jamais será esquecido, e farei questão de a todos mostrar, a gritar mesmo sem
voz, festejar mesmo sem força, a todos aqueles que me acompanharão nesta nova e
estranha vida. E aos que ficam, eles vão sentir, vão olhar para você e perceber
em seu olhar todo amor que depositei em você esse que não chegava a ser um
quarto.
Agora está tudo bem, amo você, mas... Eu acho que vou
morrer.
Ass. Pseudo defunta autora.
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