terça-feira, 29 de novembro de 2011

Conto perdido

''Ficar alí deitada, imóvel não me parecia o certo, mas sim o melhor, não pra ninguém mas, pelo menos pra mim.
Eu já não conseguia dormir, algo não saia da minha mente, algo que nem eu mesma gostaria de lembrar. E todas as vezes que em que fechava meus olhos, aquilo invisível e intocável aparecia, e isso me dava um medo.
Talvez só imaginação. Mas ainda assim, eu não consegui dormir essa noite.
E todas as vezes em que fecho meus olhos, é você que está lá, em um canto como se nada quisesse, como se fosse um nada, sabendo mesmo assim que não.
Mas em todos esse sonhos, era tudo tão lindo e real que prefiro me manter acordada para evitar a fadiga.
Ficar alí deitada, nunca foi o certo mas desde que partiu é o que mais me convem.
Lembrar que gostava de deitar comigo e esquecer de tudo, de todos, de vidas, sentimentos, é o que mais me conforta agora. Pelo menos algo suporto.
Ja se passaram dias, semanas, e um mês... e bem eu continuo aqui. E bem eu vou te esperar, eu só gostaria que soubesse.
Não acredito que de tantas noites de amor, agora sou só uma amiga.
Todas essa notas agora fazem sentido, todas , ardem e suspiram dolorosamente junto ao meu peito.
Esta tudo caindo, tudo a nossa volta já perdeu o sentido. E eu ainda tento entender , o porque de ter se afastado ao invés de aqui permanecer para encontrarmos o sentido.
Sinto falta, uma louca abstinência de seus lábios macios.
Todas essas músicas, aleatoriamente repetidas, são você.
Eu, sou você.
Agora tudo o que desejo, é você. Nada mais do que você.
Seja lá quem for você, por mais provável que seja eu.''

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